Produtividade mais lenta
Como diminuir as demandas e não apenas saturar as horas.
Fala pessoal, tudo bem? Estamos aqui em mais Um bom dia para uma boa semana.
A ultima news do André Carvalhal está demais. Gostei muito. Vale a lida. E nela encontrei um artigo da The New Yorker que gostaria de abrir algumas conversas com vocês.
Como o movimento por uma vida menos corrida já está chegando de forma legislativa a vida das pessoas.
A velocidade como a tecnologia avança as vezes assusta. Alguns itens jamais imaginados na nossa vida, hoje são peças fundamentais para a mesma. Sem dúvida nenhuma as novidades tecnológicas nos aproximam mais de uma otimização do tempo, mas também sem dúvidas trazem algumas questões.
A jornada de trabalho de 40h semanais não atende mais as demandas dos trabalhadores. E entendemos que seria interessante trabalhar e viver e não só viver para trabalhar. Nesse artigo entitulado It’s Time to Embrace Slow Productivity, existe um convite para abraçarmos uma produtividade mais lenta. Um movimento muito parecido com o contemporâneo #35mm das rede sociais. Ou os pães de fermentação natural, como o famoso Sourdough (massa azeda). Até poucos anos atrás uma técnica ignorada por muitos e reavivada pelo espírito hipster. Agora mundialmente de volta com a Pãodemia. Algumas outras práticas são elencadas pelo autor.
Um dos fatos mais interessantes dessa história é o nível em que está chegando. O que outrora era uma prática de Startups e algumas empresas disruptivas (como a I Hate Flash rsrsrs), a semana de trabalho de 4 dias ou uma jornada de 32 horas semanais, vem se popularizando cada vez mais. Não é tudo sobre produtividade, mas na maior parte das empresas nas quais a jornada 4x3 foi adotada, as pessoas se sentiram mais ativas e menos estressadas, a produtividade aumentou.
Mas um problema real e conhecido dos trabalhadores hoje é a dificuldade de mensurar quanto se trabalha. E como a digitalização do trabalho transformou tudo em horas a serem trabalhadas. Apesar de ser seguro afirmar que não existe a possibilidade de apenas retornarmos aos escritórios e ao modelo antigo, há também no modelo híbrido e forçado um grande problema no que diz respeito a disponibilidade e o que é feito de verdade.
O autor reconhece como a redução das horas de trabalho demonstra uma empatia com o trabalhador, mas não é a resposta definitiva se não repensarmos a quantidade de tarefas designadas para a execução em um dia. O objetivo principal da Produtividade Lenta ou desacelerada é chegar num nível sustentável de volume de trabalho individual.
Com a quantidade de tarefas executadas hoje, com o enorme volume de reuniões, mensagens e emails, muitas vezes falamos mais sobre trabalhar do que trabalhamos em si. Isso gera um espiral frenético que amplifica frustração e pode levar ao burnout.
Precisamos conversar sobre isso e nos empenhar no entendimento dos limites que precisamos ter. Como uma das pontas da cadeia de produção, enquanto empresa, somos demandados por muitos outros fatores e a mudança para ser efetiva precisa ser estrutural em todos os setores. Porém, podemos começar a pensar estrategicamente em com quem nos alinhamos? Quais marcas hoje buscam valores parecidos verdadeiramente com os nossos? Enfim, sempre aquela oportunidade de abrirmos mais conversas :)
A dica da semana com certeza é assistir Medida Provisória.
Caso vocês gostem das discussões aqui levantadas e tenham vontade de responder, realmente estou aqui para trocar essas ideias. Além disso, se gostarem do conteúdo, indiquem para amigos que vocês acreditam que se beneficiarão desses papos. Um bom dia para uma boa semana é quinzenal, mas tem o intuito de ser semanal um dia. E é isso. Amanhã comemoro 37 primaveras e estou muito feliz de terminar meu inferno astral junto com vocês!