Olá! Eu sou o Chico Canella e essa é Um bom dia para uma boa semana! Uma newsletter quase semanal sobre temas quase cotidianos.
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“Espero que todos nós ou nenhum de nós sejamos julgados pelos atos de nossos momentos mais fracos, mas, sim, pela força que demonstramos quando e se nos é dada uma segunda chance”
Essa frase do Ted Lasso me pegou de jeito. Tem algo de muito humano nela, algo que a gente sente na pele, mas nem sempre coloca em palavras. O medo de sermos definidos pelos nossos piores momentos e a esperança de que sejamos lembrados pelo que fizemos depois deles.
Errar é inevitável. A gente fala besteira, age sem pensar, machuca quem a gente gosta. E, quando a poeira baixa, bate aquele misto de culpa e incerteza: eu sou esse erro? Ou eu sou aquilo que faço depois dele?
Hoje em dia, tem um movimento muito forte de congelar as pessoas nos seus erros. O famoso tribunal da internet que acusa, julga e condena. Como se ninguém pudesse aprender, crescer ou mudar. Às vezes, esquecemos que evoluir é uma condição humana. Mas, ao mesmo tempo, quantas vezes nós mesmos não seguramos as pessoas nos erros que cometeram? Quantas vezes não damos a segunda chance que gostaríamos de receber?
O ponto é que a segunda chance não é um presente, é uma prova. Quando ela vem, você precisa mostrar que aprendeu alguma coisa. E isso vale pra vida, pro trabalho, pros relacionamentos. Às vezes a gente só descobre do que é feito quando tem a oportunidade de tentar de novo. Mas nem sempre essa chance aparece. E, quando aparece, pode vir acompanhada de desconfiança, de receio, de um olhar que diz "vamos ver se dessa vez você faz diferente". Precisamos estar treinados e preparados para aproveitar essa chance.
É aí que entra outro ensinamento de Ted Lasso: tenha a memória de um peixinho dourado. O peixe dourado esquece rápido. Ele não fica remoendo erros, nem se martirizando pelo que passou. Isso não significa ignorar o que aconteceu, mas significa não se definir por isso. Significa permitir que o passado ensine, sem deixar que ele te aprisione.
E tudo isso também corrobora com uma citação de Walt Whitman: “Seja curioso, não crítico”, que Ted usa também. Ser crítico é ter respostas e adendos para tudo, ser curioso é sempre perguntar antes de formar opinião. Quando estamos armados de todas as respostas não temos espaços para as perguntas. E essa curiosidade pode nos ajudar tanto a entender quando daremos uma segunda chance ou quando tivermos para sabermos usá-las.
Me peguei pensando em momentos em que precisei dessa segunda chance. Seja num projeto que deu errado, numa relação que ficou estremecida, numa escolha que, na hora, parecia certa, mas se mostrou um erro. Em alguns desses casos, eu tive a chance de fazer diferente. Em outros, não. Mas, em todos, aprendi alguma coisa. Já tive experiências ruins ao dar segundas chances, mas não quero que essas definam o meu futuro e como vou lidar com as adversidades que a vida possa apresentar.
E você? Já precisou de uma segunda chance? Já precisou dar uma para alguém? Como foi essa experiência? Bora trocar uma ideia.
Se gostou do papo, compartilha com alguém que pode se identificar.
Caramba! Texto muito interessante. Parabéns pela escrita, precisava ler essas palavras.